O homem lá comemorou o seu “dia da raça”. Com as contradições que, inevitavelmente, não consegue disfarçar. Seja por estratégia seja por qualquer outra razão. Pois quem consegue condecorar esbirros da pide e homenagear o Capitão Salgueiro Maia depois de ter feito o que fez, exibe uma contradição pouco comum num regime democrático que se preze.
Está bem que o homem nunca viu com muitos bons olhos o 25 de Abril. Vai daí nunca perde a oportunidade de lhe dar umas ferroadas.
Se fez um sacrifício medonho ao homenagear o Capitão, não deixou contudo de tirar a desforra.
Condecorou também uma organização auto-intitulada de central sindical, numa atitude que conspurca quer o espírito de Abril, quer os trabalhadores portugueses.
Não que a central sindical portuguesa, que até tem uma história de resistência antes de 1974, e que o homem não perdoa, ou os trabalhadores portugueses precisem ou queiram receber alguma condecoração por parte do homem. Mas, bolas, a indecência deveria ter limites.
Seremos mesmo um povo de brandos costumes? É que o homem, este de quem temos vindo a falar, foi dez anos primeiro-ministro e é o actual presidente da República. E, pasme-se, não sabe uma coisa elementar que qualquer criança da escola sabe: que o lucro é a diferença entre as receitas e as despesas. Ao vetar a Lei de Financiamento dos Partidos com o argumento de que o lucro é as receitas o homem exibe má fé e tem um alvo muito nítido. Ou terá aprendido a teoria do lucro com os seus muito recomendáveis amigos do BPN?
Que povo somos que elegemos dirigentes desta estirpe?
# alex campos
Um povo traído, nos seus mais profundos ideais e aspirações, aprendendo penosamente e cada dia mais afastado deste regime pseudo-democrático – esgotado e caduco – e desta “elite” política que o empobrece e avilta.
Pela luta, corajosa e determinada, este povo que somos imporá a ruptura democrática e patriótica que se tornou já um imperativo moral e de saneamento da vida nacional.
Abraço.
Esta gente mete nojo….
Alex,
Somos um povo amordaçado!
A revolução é hoje!
Alex,
É a prostituição política. Tudo se vende e tudo é possível.
Abraço,
Zorze
Sou operário vidreiro na Marinha Grande.
A Marinha Grande ao contrário de outras cidades e vilas, não cresceu em volta de uma igreja ou castelo. cresceu e desenvolveu-se em volta de uma fábrica de vidros, A Fábrica Escola Irmãos Stephens.
Esse homem e o conselho de ministros a que então presidia, tomou no dia 15 de Maio de 1992 a decisão de encerrar a F.E.I.S..
Nesse dia a Marinha Grande começou a perder a sua maior identidade , O vidro.
Depois dessa decisão, já nada me espanta, do que ele pode fazer.
Mas esse senhor pode ter a certeza, há sempre alguém que resiste, alguém sempre alguem que diz não.
A luta continua.
Alfredo Poeiras