Queremos e acreditamos na Cultura, ou seja, no conjunto dos padrões de comportamento, das crenças, das instituições e de outros valores morais e materiais, característicos de uma sociedade ou tudo o que o Homem cria e que transforma com a sua história, tanto faz a definição que lhe seja atribuída.
Há sempre aqueles que nos dizem que no tempo deles era melhor a música, as artes plásticas, a literatura… E é difícil encontrar um bom argumento para o contestar tais afirmações.
A boa cultura existe, ela está aí, mas ou está marginalizada ou chega-nos com toda uma miscelânea de imbecilidades quotidianas que os media vomitam diariamente. Antes disso, já guardamos as revistas, já desligamos a televisão, já deixamos de comprar jornais…
Já que esses media não nos satisfazem fazemos nós a nossa própria rede de informação.
A esperança está nos blogs e nas páginas independentes da Internet, que queimam toda a mixórdia pseudo-cultural que nos tentam impingir. São estas páginas ‘clandestinas’ que nos falam do que gostaríamos de ler e saber. Ou, pensam que os editores das grandes revistas do país lêem ou deixam os seus filhos lerem a revista para onde escrevem? Pseudo comentadores e cronistas…
E é triste ver que o Povo lê jornais, assiste a programas de televisão para se manterem bem informados, mas sabemos que nada disso lhes é passado, nada… Pode parecer um pouco “Teoria da Conspiração”, mas é assim mesmo que acontece. São tantas informações que temos que assimilar na vida quotidiana que fica praticamente impossível peneirar e saber o que é real ou o que não é.
Tanto palavrão, tanta revolta! Onde foi parar a nossa Cultura? É por isso que isto não vai para frente!
Blogs e Páginas Independentes, crescei e multiplicai-vos. Uni-vos, em prol de uma Cultura que seja Cultura!
Os “sabichões e palermoides” detêm a palavra, mas nós lemos os mesmos livros, recebemos a mesma educação que eles. Assim, podemos iniciar uma nova era.
Vamos manifestar-nos enquanto ainda há espaço e tempo para o que queremos transmitir. Sim, Mais Cultura… A Blogosfera é um dos meios!
#Ludo Rex
Manifesto Cultural
24 de Setembro de 2008 por Cheira-me a Revolução!
A clandestinidade sempre produziu das maiores manifestações de cultura, legadas à História dos nosso dias. Os desenhos de Álvaro Cunhal na prisão, por exemplo. Tanto texto, tanta estória contada por entrelinhas, tanta letra de cantiga a desafiar o “papão”.
Esta nossa “clandestinidade” abriu as portas a talentos que nunca, de outra forma, veriam a luz do dia, juntou gente que nunca, de outra forma, se encontraria, mexeu com mentalidades, gerou debates, reflexão, produziu poetas e escritores. Tens razão. A Revolução, na Cultura ou noutra vertente qualquer, começou mesmo por aqui. :-)
saudades da clandestinidade?
…livra!!! lagarto,lagarto!
Ludo Rex
Ainda bem que o tema da cultura aflorou neste encontro entre um grupo de militantes do PCP e outros (quase) desconhecidos. A palavra é tão vasta que quase tudo cabe lá dentro. Porém, neste momento, há um aspecto da cultura que me prende a atenção: o conhecimento do outro.
Se o conhecimento do outro é importante para todos os cidadãos, torna-se indispensável quando alguém participa numa organização. Uma empresa que pretende vender um serviço, fica obrigada a estudar as caracteristicas dos seus clientes. Uma brigada militar em campanha, deve possuir o máximo de informação sobre a formação inimiga. Um partido – aqui é que eu quero chegar – deve conhecer a forma particular de pensar dos cidadãos que estão à sua volta. Porém, isso é difícil, exige arte e treino. Somos confrontados com o que não esperávamos encontrar. Tropeçamos em incompreensões da mais variada proveniência. Sofremos choques até afectivos (de onde a necessidade do treino). Corremos o risco do desânimo e a tentação da desistência, de considerar tudo uma perda de tempo.
Tão ilógico é o entusiasta que acredita que uma manifestação no 1º de Maio de 1974 nasce espontaneamente, como o revolucionario capaz de produzir um lamento por a sociedade à sua volta ser imperfeita. Que falta faz um revolucionário numa sociedade perfeita?
Já agora, desejo felicitar os militantes que tiveram a ousadia de espreitar para fora através de uma comunicação mais próxima, embora apenas virtualmente.
Ludo,
Cultura? É um conceito que por vezes se reduz à personalidade de quem por tal se preocupe, das suas condições de vida, do seu status social ou, da imposição que aceite da corja que tenta manipular-nos. Cultura é algo vivo, como o comunismo, cultura pode ser saber das sementeiras mas também de foguetões, conhecer os teus ancestros ou as marés, lêr muitos livros, pintar um quadro ou interpretar as cores do pôr-do-sol, mas também ser consciente das necessidades de um povo, ter a noção do que é aceitável para o ser humano ou do que é ser humano, conhecer-lhe as fraquezas, as fortalezas, as necessidades, a diversidade e, sobretudo, respeitá-las.
A cultura está também nas conversas com os amigos, no dia-a-dia, no trabalho, no autocarro, à saida do cinema, numa manifestação, nas escolas, mas fundamental é assumir que todos somos ignorantes, depende em que matéria e, naquelas que mais nos concernem, assim permanecemos desde 1975. Este blog é isso mesmo, dentro da legalidade devida ao 25 de Abril, uma forma de nos reencontrarmos com essa cultura.
Fez bem o nosso amigo Rex em chamar o tema da cultura para este blog, mais que não seja porque lançou logo a duvida do que é realmente a cultura. A cultura acaba por ser tanta coisa que se confunde com a actividade do próprio homem, com a forma como interage com os outros. Tentar reduzi-la a um momento, uma espaço ou a uma idéia será sempre redutor. Claro que a cultura transmite-se não só pela interação das pessoas, mas também se pode fazê-lo pela difusão de idéias e ideais. Para além do nosso comportamento e da nossa postura no dia a dia, que passa muito da cultura que representamos e somos, parece-me que é nessa difusão que este blog se enquadra, uma forma de transmitir uma visão do mundo e da sociedade, uma visão que pode ser uma flor, um poema, uma canção, um texto ou simplesmente um grito. Cabe-nos a nós passar aquilo em que acreditamos, seja um partido ou um sonho e deixar que os outros absorvam aquilo que desejarem. Afinal foi e é através destas trocas que nos tornamos naquilo que somos
#Kaos
A cultura…
Assunto fascinante.
E o que será a cultura, coisa de euruditos?
Não, para mim não, conheço, conheci, tive na familia pessoas pouco letradas extremamente cultas, por oposição conheço pessoas com formação superior que são vazios…
A cultura é imaginação é vontade de saber sempre mais, é ter um espirito disposto a estar em perpetua aprendizagem.
A cultura é tudo.
Sem cultura um povo, uma pessoa é descaracterizada, oca, esteril.
A cultura manifesta-se em todas as vertentes, na música eurudita e nos cantares tradicionais, nos poemas de Pessoa e nos de Aleixo, nas pinturas de Mestre ou Naif, no Cinema de autor ou numa história simples bem contada, é um prato culinario onde se misturam especiarias dos descobrimentos, ervas de cheiro árabes e ingredientes locais.
A Cultura é, também o que nos distingue dos outros animais.
A Cultura é uma janela aberta para o mundo.
Querem nos oferecer uma falsa Cultura, uma Cultura de pechisbeque, algo alimentado por Revistas cor de rosa e programas de TV bacocos, mas temos enquanto povo uma vasta e imensa cultura que merece ser perservada e dignificada.
Temos bons musicos, poetas, actores, escritores, realizadores, pintores, infelizmente mais reconhecidos “lá fora”…enquanto nos dão em paletes material importado, por vezes pobrezinho.
A Cultura é tão fundamental como o oxigénio.
Beijos
Cultura, é a riqueza, que não temos. Um povo cultyralmente rico é aquele que sabe expressar-se, sabe o que quer, e para onde vai, sabe escolher o seu destino.
A cultura, é o primeiro adverssário do capitalismo, daí o capitalismo preferir a Koltura, que parece mas, não é cultura.
Não estou de acordo com o Ferrão, quando faz a pergunta “Que falta faz um revolucionário numa sociedade perfeita?” porque penso que não existem sociedades perfeitas, a sociedade vive em constante evolução, daí que a acção do revolucionário faz sempre sentido, pois funciona como motor que acompanha a evolução. Somos um país culturalmente pobre, a nossa cultura resume-se, ao futebol, e tele-novelas, dois produtos altamente tóxicos, cuja agressividade é tão grande que, quando aparece um grãozinho de cultura, só meia duzia tem capacidade para o detectar e benificiar dele, a cultura de massas, a cultura popular,por enquanto, ainda não está proíbida mas,não só não é incentivada como sofre um combate ferós da outra,a que interessa ao grande capital.
Obrigado companheiro Ludo por teres trazido à blogosfera este tema tão caro a todos os revolucionários.
Tu sózinho não és nada! Juntos temos o Mundo na mão!
Amigo(?) hertz, antes de distorcer palavras de outrém, sugiro uma segunda e mais atenta leitura. Depois, talvez, uma terceira, e mais outra..
Talvez então aí, se consiga discernir a analogia feita à “candestinidade” de nós todos, blogueiros e daí à necessidade que dela nasce para nos expressarmos cada vez mais livremente. Ou talvez não, paciência.
Momentos concretos também podem tornar-se fiéis depositários da cultura!
Sem deixar de contemplar o suicídio – ainda que parecera um assassinato – do diabético terminal e monarca que antecedeu a República, o povo do nosso país nunca foi transigente com as imposições governativas – seguramente pela sua história, acontece que esta, durante o período ditatorial continuou a ser escrita pelo próprio e, também, através de partidos clandestinos como o PCP, que portavam a bandeira do inconformismo pelo descontentamento da população no relativo à falta de liberdade ou progresso que se impunha através da coacção física – para não abundarmos em outros aspectos menos relevantes neste contexto como a educação, a saúde ou as garantias sociais. Não obstante, esse período de condicionamento forçado, no que à evolução concerne, não chegou a impedir que os Portugueses ansiassem e lutassem pelos direitos fundamentais que lhes eram retirados, gerando nos mesmos um sentimento de revolta que desencadeou a revolução que foi o 25 de Abril.
Depois desse êxito de massas e durante os dois primeiros anos, os meus conterrâneos continuaram a protagonizar o seu desenvolvimento cultural, nesse período já com direito a decidir sobre o seu futuro, com a liberdade auspiciada e numa atmosfera de igualdade sem classes, voltando a perder essas conquistas quando, com a utilização de métodos políticos e de propaganda capitalistas, o corrupto soares, apoiado nessa campanha por otelo, aproveitando o trauma que quase cinquenta anos de ditadura deixam no inconsciente colectivo, começou a implantar outra ditadura mas, nesta ocasião, manipulando demagogicamente a praticamente analfabeta e deslumbrada cidadania.
O resultado desse engano, dessa mentira, foi a actual incapacidade da maioria dos Portugueses de se sentirem livres, de usufruir da real condição de ser humano. De outra forma, de não se preocuparem com a opinião do padrinho, daquele que os submete – com ferramentas como a economia, a educação, a saúde, o emprego, a informação mas sobretudo com a pseudo-liberdade conquistada – aos desígnios da tirania económica transnacional e que subjuga todo um país impedindo-o de se afirmar como protagonista da sua história, artífice da sua cultura.
Por esta realidade, penso que, só resgatando o espírito, o essencial, de 1974, poderemos voltar a empreender o nosso caminho como povo soberano e solidário com o mundo, aportando as peculiaridades idiossincráticas que nos permitam ser úteis na construção do socialismo dentro e fora das nossas fronteiras.
Amigo José Manganão
Não fiz a afirmação que me atribuiu.
Um abraço
LUDOVICUS REX
CULTURA : UM TEMA que considero como base para uma sociedade justa , onde cada um sabe seus direitos e os reivindica. Direito Á CULTURA é direito mesmo. Não é favor ou bondade de quem tem o poder, do prefeito, do deputado, do presidente ou do empregador. Qualquer pessoa (ou grupo de pessoas) pode e deve reivindicar os seus direitos, lutar por eles, para que sejam respeitados.
Aqui no Brasil o Art. 6º da Constituição Federal de 1988 estabelece oito direitos sociais: a educação, a saúde, o trabalho, o lazer, a segurança, a previdência social, a proteção à maternidade e à infância, a assistência aos desamparados, na forma desta Constituição. Uma emenda constitucional no ano 2000 acrescentou a moradia como direito social. Na realidade , na prática não vemos isso.
O Estado tem um dever especial de cuidar para que os cidadãos tenham os direitos para viver dignamente e que esses direitos sejam respeitados. Por isso o chamamos Estado de direito. Mas, não é só o Estado que tem que cuidar para que os direitos sociais sejam respeitados. O Estado e os responsáveis políticos, econômicos e culturais têm uma responsabilidade maior, mas toda a sociedade, todos nós, tem que cuidar e lutar para a aplicação dos direitos sociais para todos.
Penso eu,que a base dos nossos direitos sociais é a Declaração Universal dos Direitos Humanos, aprovada à unanimidade pela Assembléia Geral da ONU em 10 de dezembro de 1948. Mesmo que com limites e, infelizmente, muitas vezes não respeitada, essa Declaração representa um enorme passo no crescimento moral da humanidade.
Na Declaração, os direitos humanos são considerados como direitos naturais, quer dizer que são inerentes à pessoa humana, inseparáveis; fazem parte dela. Os direitos humanos são fundamentados na dignidade e liberdade pessoa humana, e são guiados por alguns princípios morais universais: o respeito da vida, a liberdade, a justiça, a igualdade, a fraternidade e a paz.
Direito é direito mesmo. Não é favor ou bondade de quem tem o poder, do prefeito, do deputado, do presidente ou do empregador. Qualquer pessoa (ou grupo de pessoas) pode e deve reivindicar os seus direitos, lutar por eles, para que sejam respeitados.
A Declaração tem 60 anos (1948) e a Constituição Federal 20 anos (1988). Por que, num país tão rico como o Brasil, os direitos sociais básicos COMO A CULTURA(alimentação, saúde, educação, trabalho, habitação, segurança) não são respeitados e reconhecidos como direitos universais (quer dizer de todos)? Os direitos sociais não são respeitados, porque vivemos numa sociedade onde o capital, o dinheiro, a riqueza têm mais valor do que a pessoa humana. Tudo funciona como se o sentido da vida fosse de ter sempre mais, de acumular riqueza e poder, mesmo se o outro ao meu lado sofre e morre na miséria.
Vivemos uma crise de valores, uma falta de horizontes e de perspectivas. Individualismo, consumismo e materialismo prevalecem sobre os valores da vida, da solidariedade, da compaixão, da colaboração, da fraternidade e do amor. A falta de valores leva ao desprezo dos direitos humanos.
Apesar de inscritos na lei, os direitos não são imutáveis e fixos. As lutas antigas da classe operária e hoje as muitas formas de luta do povo são lutas para conquistar novos direitos, para consolidar os que já existem. A conquista dos direitos é uma história de muitas lutas, de construção e deconstrução. Os avanços se dão no enfrentamento, e os resultados nunca são definitivos.
Há uma longa distância entre os direitos inscritos na lei e os direitos aplicados. Trata-se de construir uma “Cultura do direito” – uma cultura dos direitos sociais em particular – onde os cidadãos são bem informados sobre os seus direitos, não tem medo de exigir que sejam respeitados e conseguem sem dificuldade que sejam aplicados.
ACABEI SENDO EXTENSA NO COMENTÁRIO…PERDÃO!
ABRAÇOS CAMARADAS E AVANTE CULTURA!
Amigo Antonio Ferrão
No penultimo paragrafo do seu comentário está esta pergunta que eu entendi como uma afirmação. Que falta faz um revolucionário numa sociedade perfeita?, daí o meu desacordo, sem desrespeitar a sua opinião, limitei-me apenas a sobrepôr-lhe a minha.
Cumpriu-se o diálogo!
Abraço amigo
Ludo
Nenhum comentário ou post sobre cultua é extenso, e,muito menos num país carente dela como é o caso português, força companheiro, venha cultura para que possamos matar a sede.
Abraço grande
Manangão
Bom tema que trazes, Ludo.
Hoje a cultura já não é monopólio das certificadoras de conhecimentos – meio académico. Com a quantidade de informação disponível são cada vez mais pessoas que acessam a conhecimentos, deixando de ser um previlégio de apenas alguns.
A Blogosfera é cada vez mais um importante veículo de informação livre. Ao contrário dos mass-media que cada vez mais se tornam parciais. Transformandos em grandes grupos empresariais em que o 1º objectivo é o lucro e depois informar o que lhes convém.
Abraço,
Zorze
Cultura, que palavra tão simples, porém profundamente complexa!
O que é a Cultura?
Quem a tem?
Há, a meu ver, inúmeros tipos de cultura, tantos que a procurar enunciá-los, preencheríamos sem dúvida inúmeras páginas.
Mas a cultura a que me refiro, infelizmente parece não ser assim tão abundante, é aquela que pessoas atentas e conscientes têm, não lhes foi dada em nenhuma escola oficial, primária, secundária ou superior, mas sim nasce no seio da família, de famílias diversas, sem paralelismos financeiros ou sociais, apenas unidas pelo amor entre si, pela curiosidade sobre tudo, mas acima de tudo, pelo facto de se terem habituado a pensar por si, a questionar tudo o que aparentemente é fácil e de rápida assimilação.
No seu dia-a-dia na estrada da vida, estão atentos, questionam, investigam, procuram atrás do espelho que lhes reflecte a imagem esperada e sem surpresas, interessam-se.
Nas escolas sempre se fascinaram com a aventura do conhecimento, mas indo sempre além do habitual, procurando os porquês, caminham academicamente mas não por um canudo que confirma alguma verdade, mas pelo conhecimento que é em si a própria verdade, mas ne por aí se ficam e, em cada dia da sua existência a sua busca nunca cessa, pois o conhecimento também não.
Mesmo que desde o 1º segundo em que nascemos até ao último segundo do último suspiro em que morremos, se durante toda a nossa vida estivéssemos segundo a segundo a absorver conhecimento, mesmo assim, não conseguiríamos absorver todo o conhecimento existente.
Eu estou a falar de conhecimento e iniciei a falar de cultura, mas o que é um sem o outro?
A cultura deve ser e é um direito que todo o ser humano deveria ter, mas de uma forma honesta e não manipulada, por isso digo que infelizmente são poucos, ainda que milhares, os que a têm, pois diante dos reflexos no espelho procuraram ver mais além e conseguiram, entenderam finalmente, outros há que preferem a koltura que só e apenas a imagem do espelho mostra, infelizmente são mais que o desejado, o que mais me entristece é que grande parte desses são licenciados porque num canudo assim ficou registado.
A CULTURA É A REVOLUÇÃO E, SÓ EM AMBAS SE ENCONTRA A VERDADEIRA LIBERDADE.
#SENSEI
Sendo muitos blogues uma contra-cultura, eles existem e estão vivos. Filtrando a desinformação instituída, eles têm capacidade informativa e mesmo mobilizadora. Se eu não soubesse que havia tantos revolucionários nos blogues, descontentes com a situação do país e do mundo eu me sentiria muito derrotada, isolada. Mas quanto mais se quer fingir ignorar que os blogues existem, mais eles são. Toda a verdadeira cultura, foi antes uma contra-cultura. E em muitos casos coabitaram mesmo no mesmo espaço-tempo a cultura instituída, e dominante, e a que esta começa a chamar de contra-cultura. Mas depois vai-se a ver e nessa fase já a contra-cultura era anunciadora de uma nova cultura que não a outra. Quando as culturas estão já muito instituídas, apresentando as suas formas esgotadas de se alimentar de outras comuns, é a contra-cultura que passa a ser cultura.
Deste-me excelentes ideias para os meus posts seguintes: mais do que pela mentalização, pela cultura é válido e possível, mais formador, chegar à revolução.
#kaótica
Em portugal a cultura é tratada como um conceito abstracto sem interesse e sem qualquer utilidade.
O país tem uma classe política obtusa do ponto de vista cultural (ainda se lembram dos violinos de Chopin do brilhante ministro Pedro Santana Lopes?);tem um presidente da república que não gosta de ler, não ouve música, mas que apesar disso tudo nunca se engana e raramente tem dúvidas, um primeiro-ministro que dá entrevistas e cita autores de livros que nunca leu, e o jornal Record, a revista Maria e a TVI lideram o ranking de vendas e audiências em portugal.
Os museus são um marasmo completo, o orçamento para a cultura é anualmente desbastado e assiste-se a uma tentativa de alienação e de embrutecimento cultural com o objectivo de “encarneirar” a mente das pessoas para que estas não questionem o que está mal (e é quase tudo aqui no burgo).
Sobra a blogoesfera, universo cultural alternativo que muitos destes senhores gostariam de ver controlado (e estão a tentar, via parlamento europeu, mas já vão tarde…)e só privilégio de alguns iluminados e pseudo-culturais cá da nossa praça (vindo-me logo à memória o Pacheco Pereira quando toco neste assunto).
Portanto, é aqui na blogoesfera que a cultura se faz, a boa cultura, clandestina, alternativa, verdadeira, despojada de valores materiais, a cultura pela cultura.
Sim, Mais Cultura!
#Ludo Rex
Mar…a onda só agora chegou à falésia e desfez-se em espuma…rsssssssss